O combate terá lugar amanhã, 18 de maio, na Arábia Saudita.
- Muitos especialistas, antigos campeões, dizem que Fury precisa de pressionar Oleksandr Usyk para o derrotar, para o segurar. Como vê o possível desenrolar dos acontecimentos deste combate?
- Penso que estes especialistas estão enganados. Usyk está habituado a este tipo de trabalho - quando o pressionam. Toda a gente quer fazer este trabalho: pressionar, pressionar, agarrar-se a ele, torturá-lo, pará-lo. Toda a gente quer fazer este trabalho. Toda a gente quer fazer este trabalho, mas ainda ninguém o conseguiu.
Usyk sabe como lutar com esses pugilistas. Se Fury fizer o trabalho, não creio que vença Usyk.
- Se considerarmos todos os adversários da carreira de Usyk, Fury é um dos três mais fortes?
- Sim, claro que sim. Ele é um dos melhores adversários de Usyk. É um pugilista muito bom, muito astuto, muito pouco convencional. Claro que vai ser um grande teste para Usyk.
- Como é que ele se deve comportar no ringue contra um pugilista de um estilo tão invulgar como Fury?
- Penso que Usyk só precisa de fazer o seu trabalho. Estar pronto como esteve pronto para o combate com Gassiev. Ou ainda melhor. E depois tudo se resolverá. Basta fazer o seu trabalho.
- E mais uma coisa. Nos últimos seis meses, ou até mais, os britânicos têm vindo a dizer que o torso é o ponto fraco de Usyk. Lembram-se de antigos knockdowns com o tronco, mostram vídeos do combate contra Dubois. Quão perto da verdade achas que isto está?
- Comecemos pelo facto de o tronco ser um ponto fraco para todos os pugilistas. Se não protegeres o teu tronco, podes bater em qualquer pugilista. Mesmo que tenha abdominais normais, pode partir costelas, traumatizar muito o tronco.
Veja-se o caso dos mexicanos, que fazem combinações na cabeça, mas não protegem o tronco. Os murros claros no tronco são muito perigosos.