Anthony Joshua (26-3, 23 KOs) tem mudado de treinador com bastante frequência nos últimos tempos. Quando subir ao ringue na Arábia Saudita, a 23 de dezembro, terá o seu quarto treinador nos seus últimos cinco combates.
No primeiro combate com Usik, o seu mentor de longa data, Rob McCracken, esteve envolvido na sua preparação, mas foi Robert Garcia que o levou para a desforra. AJ perdeu ambos os combates, após o que contratou Derrick James. Com ele no seu canto, derrotou Jermaine Franklin por pontos e nocauteou Robert Helenius. No confronto com Otto Wallin (26-1, 14 KOs), que terá lugar dentro de dezasseis dias, será dirigido por Ben Davison, até há pouco tempo o treinador principal de Tyson Fury.
É interessante o facto de Fury ter rompido com Davison precisamente após o combate com Wallin, que venceu, mas não sem problemas, e John Fury, pai de Tyson, ter manifestado em voz alta a sua preocupação com a preparação do filho.
"Ben Davison é um bom treinador e um tipo inteligente que já tem muita experiência a trabalhar com diferentes pugilistas. Parece ser muito metódico nas suas acções e vai certamente querer trazer algo de novo ao boxe de Joshua. Por outro lado, já vi a mão de Derrick James, AJ começou a praticar boxe de forma diferente, por isso estou um pouco desiludido por Joshua ter interrompido esse processo de aprendizagem. Eu queria ver onde ele e James iriam chegar juntos. Mas ele mudou de treinador novamente, embora para um bom treinador. Vamos ver se há alguma mudança no boxe de Anthony agora", disse George Groves, ex-campeão mundial de superpesos médios.
O antigo bicampeão mundial de pesos pesados sugeriu que regressaria à ala de James depois deste combate, e que a mudança foi ditada por questões logísticas. Esta explicação parece extremamente pouco convincente, uma vez que é difícil acreditar que pequenos obstáculos logísticos possam interferir com os preparativos para o importante combate com Wallin.