John Fury: "Há pessoas invejosas suficientes no mundo".

Tyson Fury
Tyson Fury

John Fury defende a decisão do seu filho Tyson (33-0-1, 24 KO), que optou por lutar contra o ex-campeão da UFC Francis Ngannou em vez de unificar os títulos com Alexander Usik (20-0-0, 13 KO).

"Bem, o Tyson já ganhou a toda a gente, é o melhor do mundo. Acho que isso só ofende as outras pessoas, porque não faltam pessoas invejosas no mundo. Qualquer pessoa com um cérebro sabe que é uma boa jogada de negócios, um bom retorno", disse John Fury.

"Acho que as pessoas que escrevem todos estes comentários não são nada. Sei que precisamos dos fãs, mas o que é que o Tyson pode fazer? Ninguém quer lutar com ele. A oportunidade surgiu e ele agarrou-a com as duas mãos, porque não? Só o grande país da Arábia Saudita pode organizar combates como este, porque podem fazer maravilhas".

"O resto do mundo não pode competir com a Arábia Saudita, não tem qualquer hipótese. As pessoas comentam coisas que não compreendem. Muhammad Ali fez a mesma coisa quando era campeão linear. Que erro está o Tyson a cometer? Ele não consegue o combate, não tem defesas obrigatórias. Que mais é suposto ele fazer? Tem de ficar sentado de braços cruzados para agradar ao público? Acho que ele não ia fazer isso. É por isso que se chama boxe profissional. É uma questão de dinheiro e de negócios, só isso. Boa sorte para ele, não tenho mais nada a acrescentar", disse John, de 59 anos.

Vale a pena recordar que Muhammad Ali decidiu mesmo, em tempos, experimentar o ringue com um representante de outra modalidade. Estamos a falar do lutador japonês Antonio Inoki e tudo aconteceu em junho de 1976. Ao fim de quinze assaltos, o combate foi declarado empatado e o seu desenrolar não foi muito bem recebido pelo público. No entanto, há que acrescentar que, nos dois anos anteriores ao encontro com Inoki, Ali tinha conquistado oito vitórias no ringue de boxe, derrotando desde logo pugilistas como Joe Frazier, George Foreman e Ron Lyle.